Um convite para refletir sobre o design que queremos levar adiante (ou não).

Todos os anos, a UXConf BR convida a comunidade de UX Design a se juntar para refletir sobre algum tema importante, trocar ideias, aprender junto e pensar o futuro do design. Para a edição de 2025, escolhemos o tema: “Design (i)mutável: O que fica e o que passa?”
Na edição passada, que ocorreu em 2023 (em 2024, não teve evento por conta das enchentes no RS), conversamos sobre “Seguir em frente”, um tema que falava da caminhada contínua diante das mudanças e desafios que enfrentamos.
Agora, nesta edição, queremos ir um pouco mais fundo e perguntar:
- O que queremos levar junto nessa caminhada?Quais são os valores, as habilidades e as práticas que são imutáveis no design, mesmo com toda a tempestade de novidades, tendências e tecnologias que vêm e vão?
Vivemos num tempo em que tudo muda ou se transforma cada vez mais rápido (até demais, às vezes), e no vemos diante do desafio de entender e separar o que é efêmero, o que passa rápido, do que realmente vale a pena guardar na caixa de ferramentas para usar sempre. Entendemos que para quem quer fazer design com sentido, que dure, que crie impacto real e positivo, que transforme para melhor a vida das pessoas, essa reflexão não é só necessária, é urgente.
Por isso, neste ano, nós, da UXConf BR — Laura, Pedro, Rafael e Thiago — convidamos a comunidade para sentar, escutar, conversar e repensar juntos o que permanece e o que devemos deixar pra trás pra seguir crescendo com coragem e clareza nesse mundo cada vez mais mutante.
Entre o que fica e o que passa
No mundo do design, as mudanças não param.
Acompanhamos tendências nascendo e morrendo, ferramentas que viram febre e logo caem no esquecimento, métodos que prometem revoluções, mas nem sempre resistem ao tempo.
Mas, entre tudo isso, o que permanece firme e forte mesmo com o vai e vem das novidades? É isso que queremos descobrir juntos.
E, para ajudar a comunidade a percorrer esse caminho de discernimento, a conferência se propôs a dar espaço para um time diverso de palestrantes.
Definimos temas que vão desde habilidades humanas e ética, passando por dados, liderança, inovação, até o impacto social e as mudanças que a IA (é óbvio que a IA seria pauta) está trazendo para o nosso dia a dia.
Cada história, cada experiência, é uma peça deste quebra-cabeça que queremos montar juntos com a comunidade em Porto Alegre, no mês de outubro.
Entendemos que, desde a pessoa iniciante até a veterana, todo mundo ganha ao embarcar nessa reflexão conosco, para entender quais caminhos novos podemos desbravar sem deixar de lado aquilo que foi, e ainda é, muito importante para fazer design bem feito.

Os muitos caminhos do (i)mutável
Olhar o design por vários ângulos é importante.
Por isto, definimos uma grade de palestras para apresentar diferentes pontos de vista, experiências diversas e provocações para ajudar a pensar além do óbvio, e que, juntas, desenham um mapa rico e complexo do que significa fazer design em tempos de incerteza, velocidade e contradições.
Design e sociedade
Aqui, o design aparece como agente de mudança:
- No combate à fome,Na crítica ao uso de dados por grandes corporações,Na construção de futuros mais justos.
Vamos ouvir vozes que discutem tecnologia desconectada, decolonialidade e liderança inclusiva como práticas transformadoras nos times.
Precisamos de pautas que reforcem que o design que fica é aquele que assume responsabilidade pelo mundo que ajuda a moldar.
Educação e carreira
Num campo em constante mudança, como designers se formam e se transformam?
Algumas palestras falam da formação de estagiários com foco em repertório crítico.
Outras abordam trajetórias pessoais e carreiras líquidas, destacando identidade e pertencimento.
Também vamos ver iniciativas como o mapeamento de habilidades para fortalecer times, além do papel das comunidades como espaços de troca e crescimento. Tudo isso nos ajuda a pensar:
Como evoluir sem perder a essência?
Tecnologia e dados
IA, dados e ética estão no centro da conversa. As palestras exploram o Data-Driven Design como ferramenta poderosa, mas com limites éticos importantes. Também surgem reflexões sobre o papel do designer diante dos algoritmos e da necessidade de decisões mais humanas, mesmo num ambiente acelerado.
O ponto não é o que podemos criar com tecnologia, mas o que devemos.
Processos e práticas
Por fim, o “como” fazemos design também entra em foco. Tem experiência do setor público mostrando um UX minimalista, casos de design comportamental em cenários críticos, como inadimplência, e até abordagens sensoriais que usam ritmo e métrica para criar experiências marcantes. E, claro, reflexões sobre o valor do design nos negócios com impacto real, sem perder a essência.
No fim das contas, ao longo das palestras, vamos entendendo que talvez a pergunta “o que é (i)mutável no design?” não tenha uma resposta só, mas várias. E que essas respostas vão se revelando na escuta, na troca, no encontro com outras pessoas e histórias.
Porque é nesse movimento, coletivo e contínuo, que o design se reinventa sem perder o que realmente importa.

Um convite pra parar, pensar e seguir junto
Depois de mergulhar nos temas e provocações que a UXConf BR 2025 vai trazer, fica ainda mais evidente a importância de fazer uma pausa consciente. No meio da rotina acelerada, das entregas que nunca param, das novidades que surgem a todo momento e da pressão por resultados, nem sempre encontramos tempo ou espaço emocional para olhar com calma para o que está fazendo, para o que acredita e para o que quer levar adiante.
E é justamente por isso que a UXConf BR existe. Não como mais um evento no calendário, mas como um espaço seguro. Um lugar onde dá pra respirar fundo, trocar ideias com quem vive os mesmos dilemas e delícias do design e, principalmente, repensar com mais clareza os rumos da nossa prática. Aqui, nos juntamos não só para apenas aprender, mas também para reaprender com escuta ativa e muita troca verdadeira.
O tema deste ano é, por si só, um convite direto:
- Que valores continuam firmes conosco, mesmo quando tudo muda?O que precisa ser transformado?O que, com carinho e honestidade, podemos deixar pra trás?
E o mais bonito é que essas perguntas não vêm só de teorias ou tendências, mas vêm das histórias reais de quem está no front de batalha diariamente, lidando com as tensões e aprendizados de atuar com design em áreas tão diversas quanto saúde, varejo, educação, setor público, startups e big techs.
Cada palestra é uma chance de ampliar repertórios, fortalecer convicções, duvidar de certezas e, talvez o mais importante, perceber que não estamos sozinhos nessa caminhada. Tem um baita valor saber que outras pessoas também estão tentando entender melhor de tudo isso, buscando equilíbrio entre o novo e o tradicional, entre o que encanta e o que sustenta.
Mais do que palestras, a UXConf BR é feita de encontros. Encontros que inspiram, provocam, acolhem e nos empurram pra frente. Porque, no fim das contas, é isso que fica: as conversas que nos atravessam, as ideias que se encontram e se transformam, a sensação boa de estar construindo algo maior, com propósito, com consciência, com afeto.
E, se olharmos bem de perto, vamos ver que design sempre foi isso: uma prática que nasce do cuidado com o outro, do desejo de melhorar as experiências e da coragem de transformar. Nada mais mutável e, ao mesmo tempo, nada mais essencial.
Então, fica o convite. Vem conosco descobrir o que vale carregar na mochila e o que já pode ficar pelo caminho. Vamos participar desta conversa e vamos seguir em frente juntos, com leveza, clareza e coragem.
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Design (i)mutável: O que fica e o que passa? was originally published in UX Collective 🇧🇷 on Medium, where people are continuing the conversation by highlighting and responding to this story.