Três projetos que mudaram meu olhar.
Escrito por Bia Varanis, Coordenadora de Comunicação na Aprender Design.

O mercado de produtos digitais segue em constante crescimento, e em meio a um cenário tão competitivo, é preciso duas coisas importantes:
- Saber se destacar, eCriar conexões com os usuários.
Segundo Andrew Hogan, Head de Insights do Figma:
“No fim das contas, pouco importa se um app tem a lista mais longa de funcionalidades. O que realmente cria significado são as escolhas de design: textos que esclarecem, movimentos que encantam, sons que acalmam, respostas táteis que acolhem.”
Hoje faço parte do time da escola Aprender Design, e as últimas turmas do curso Base Design trouxeram uma; ou melhor, muitas provas vivas disso.
Dando um pouco mais de contexto: o curso é dividido em dois blocos — Pensar e Criar. No segundo bloco os alunos desenham um aplicativo do zero com orientação de Edgard Kozlowski, Associate Design Director na Work&Co. A matéria “Laboratório de Interfaces” tem seis aulas e os alunos transformam ideias em protótipos de aplicativos com identidade, relevância e potencial real de uso.
Na última edição, que acabou na semana passada, perguntei ao Edgard como ele se sentia vendo os aplicativos finais:
“A cada edição, surgem projetos que surpreendem pela qualidade e originalidade, experiências bem pensadas, que dão vontade de ver funcionando no mundo real.”
Quero compartilhar alguns dos projetos que mexeram comigo e me fizeram entender que produtos não são apenas experiências, mas também expressões de pontos de vista.

Habitunes
— Patrick Dias, Rafael Carvalho, Isabella Medeiros, Kerolyne Magalhães e Gabriel Soares.
Habitunes é um app para ajudar a manter hábitos em dia e estimular a criação de novos hábitos — mas de maneira lúdica e divertida. A ideia central do conceito é diferente:
O usuário tem uma banda composta de personagens que vão sendo desbloqueados conforme avança no rastreio de atividades que executa.
Os personagens fazem parte de um coral e ficam na home cantando uma música, e cada personagem faz um som diferente.
Nos sentimos motivados pra desbloquear novos personagens pra compor o coral completo e ouvir a música por inteiro.

Bday
— Clara Seleme, Sofia Paternò, João Figueiredo e Victor Aragão.
Quem nunca esqueceu o aniversário de alguém importante? O Bday é um aplicativo para ajudar nisso; mas a partir das órbitas dos planetas no Sistema Solar.
O caminho do planeta Terra em torno do Sol forma uma linha do tempo que revela aniversariantes, e somos convidados a interagir com o mapa. É interessante como a solução consegue ser funcional e lúdica ao mesmo tempo.

Wish
— Jordy Kuster, Luiza Ongaratto, Meyrele Nascimento e Vinícius Queiróz.
Wish é um App para salvar e centralizar seus itens de desejo.
Pela ótica inspiracional existente em um desejo, a interface foi pensada para ser mínima e baseada em gestos que auxiliam a organização de planos futuros. Ele foi construído com pensamento sistêmico para tornar a experiência simples e direcionada.
É um daqueles apps que você abre à noite enquanto está na cama.
Houve vários outros projetos incríveis — e é possível assistir às apresentações aqui — e sempre fico impressionada (e animada) com as apresentações.
É um orgulho poder contar com alunos e alunas com tanto talento, e mais prazeroso ainda ter professores com competência para guiar esses talentos.
A próxima turma do Base Design começa agora, 17 de junho.
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Para fechar, quero compartilhar o depoimento do Luã Matos, aluno que passou pelo curso:
“Diria que é impossível condensar em quatro meses uma formação inteira de design de produtos digitais, indo dos conceitos básicos até práticas mais avançadas… E o Base vai lá e faz!
É muito interessante como o curso constrói tijolo por tijolo toda a fundação para que uma pessoa saia com um olhar abrangente sobre essa prática tão complexa, mesmo entrando crua, com pouca ou nenhuma experiência. A didática dos professores ajuda muito: dá pra ver que eles têm a manha de explicar o pensar e de conduzir o fazer. Mas o modelo metodológico também parece excepcional para levantar essa edificação.
A busca por uma simplicidade no percurso, sem nunca ousar ser simplista, é a chave aqui. Assim, assim como eu, imagino que, ao longo do curso, as pessoas vão encaixando as peças desse quebra-cabeça complexo até a hora que vem o momento de estalo e tudo começa a fazer sentido.
Algumas pessoas podem até ficar com os pelos da nuca arrepiados ao ouvir a menção de três palavrinhas sinistras: ‘trabalho em grupo’. Mas garanto que isso é fundamental para uma formação do tipo. No mercado (e também na vida) não existe trabalho isolado no vácuo. E, com isso em mente, o curso é desenhado considerando a potência que só a coletividade pode proporcionar. Afinal, as equipes de design mais bem sucedidas quase sempre são compostas por pessoas com habilidades distintas porém complementares.
Por isso, somando professores do mais alto calibre, projetos altamente estimulantes e a força do coletivo, o resultado não podia ser outro senão uma ebulição de ideias e trabalhos geniais.”
Criar um produto é expressar um ponto de vista was originally published in UX Collective 🇧🇷 on Medium, where people are continuing the conversation by highlighting and responding to this story.