UX Collective 🇧🇷 - Medium 06月09日 18:07
Designers, vocês estão bem?
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本文探讨了UX设计师在职业发展中面临的心理健康挑战。文章揭示了行业内的工作压力、不健康的职场文化以及招聘过程中的歧视等问题,并呼吁建立积极的社区,以支持设计师的心理健康。作者强调了现实的期望、健康的流程以及积极的在线社区对于UX设计师的重要性。

😟 **工作压力与认知负荷**: UX设计师的工作涉及处理复杂、不完善的信息,并需要在有限的时间内提供用户友好的解决方案,这给设计师带来了巨大的认知负担和压力。

🇧🇷 **巴西职场文化与心理健康**: 巴西的职场文化中存在对员工的剥削现象,导致设计师的心理健康问题,如焦虑和抑郁。巴西劳动部的数据显示,心理健康问题在职业相关疾病中占比较高。

📉 **裁员与就业市场的挑战**: 裁员和就业市场的不确定性给设计师带来了财务和心理上的压力。此外,招聘过程中的歧视和不公平现象也对设计师的心理健康造成负面影响。

🗣️ **社交媒体社区的负面影响**: 社交媒体上的某些UX社区存在负面言论,例如贬低其他设计师,这导致了设计师之间的不健康竞争,并对心理健康造成损害。

🌱 **建立积极社区的重要性**: 为了改善UX设计师的心理健康,文章呼吁建立一个积极的在线社区,以提供支持、分享知识,并避免负面评价,从而促进设计师的职业发展和个人福祉。

Para o bem-estar de quem faz UX, é preciso ter expectativas realistas, processos humanos e construir uma comunidade online melhor.

Petiscos Typeface, Ígor Jales.

Designers estão sempre se preocupando em entregar a melhor, mais agradável e mais eficiente experiência de uso enquanto, frequentemente, estão trabalhando em ambientes caóticos. Por exemplo:

Pois é. Mas…

“Tudo o que se percebe é felicidade por todos os lados, não é?
Em todo lugar, só se vê designers postando sobre trabalhar em grandes empresas, mudanças de emprego super legais, promoções ou cursando uma graduação na área.
Tudo e todos parecem estar indo bem. Ficamos com a impressão de que tudo é perfeito — criando telas impecáveis, trabalhando em escritórios descolados, fazendo brainstorms e usando Macs novinhos em folha, porque somos designers e somos descolados!”
Do we even talk about UX Designers and their mental health?

A realidade é que o trabalho por si só de quem trabalha com produtos digitais já demanda bastante da carga cognitiva.

Estamos o tempo todo recebendo algo desorganizado, complexo, frustrante e temos que, como se fosse apenas usar uma varinha mágica (talvez a da IA agora), entregar uma solução que remova ao máximo todas as complexidades para o usuário final e que renda muito dinheiro para o negócio.

Quando estamos o tempo todo facilitando a vida das outras pessoas, a sensação é que não tem ninguém (nem nós mesmos) facilitando a nossa própria.

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Relações de trabalho no Brasil

O Brasil como um todo tem a cultura de exploração do trabalhador enraizada. Sempre foi assim.

Boa parte das empresas extrai tudo o que podem de um trabalhador e isso causa adoecimento mental. Não à toa o Ministério do Trabalho divulgou os seguintes dados; considerando os acidentes de trabalho de 2022:

Ilustração de personagem: Pikisuperstar

Designers, a NR-1 (norma de base para todas as outras normas de segurança e saúde no trabalho) agora inclui os fatores psicossociais como parte do gerenciamento de riscos ocupacionais no Brasil. As empresas terão até maio de 2026 para se adaptarem.

Alguns fatores psicossociais de risco podem levar ao adoecimento mental de acordo com o Ministério do Trabalho no Brasil:

Com isso, me pergunto:

Como podemos criar ambientes mais saudáveis para designers fazerem o trabalho sem que isso aumente absurdamente a carga de estresse?

Demissões e a busca por emprego

Quem passou pelas demissões em massa sabe bem como é.

O desemprego por si só já causa um efeito negativo na saúde mental. O estresse da incerteza sobre quando será possível retornar ao mercado de trabalho e também sobre até quando haverá dinheiro para pagar as contas, foram preocupações que muitos designers vieram passando ao longo desses últimos três anos.

Tem inúmeros artigos no UX Collective sobre relatos de demissões, onde as pessoas contam como foi a experiência de ver colegas sendo demitidos e também sobre a própria demissão.

Ser uma profissional de alta performance não me salvou de um layoff

Além disso, a experiência de buscar um emprego pode ser extremamente desgastante, já que, atualmente, é comum enviar centenas de currículos e receber apenas respostas genéricas sobre a aplicação, faltando um mínimo de empatia com os candidatos.

A título de exemplo:

Sou de Natal, Rio Grande do Norte (Região Nordeste; não Norte), portanto, meu sotaque é natalense. Certa vez, fui chamada para uma entrevista que, quando entrei na ligação, nas primeiras frases que troquei com quem então iria ser meu colega de equipe, ele solta um:

“Hoje vai ser bom, vai ter muito sotaque pra dar risada aqui”.

A fala me deixou nervosa. Não consegui responder às perguntas direito e tudo o que eu queria era sair o mais rápido dali. Pensei que xenofobia não era mais uma opção na área de design, mas pelo o que experienciei, estou absurdamente enganada.

A gente fala tanto em inclusão e montar times diversos, mas por que parece que tudo isso não passa de uma ilusão?

Fiquei pensando em quantas vezes meu sotaque pode ter sido um fator de influência para me darem uma negativa em uma posição de emprego e nas portas que se fecharam simplesmente por eu preferir estar no lugar onde nasci.

Ou seja, algumas entrevistas podem ser péssimas, te colocando ainda mais no estado de ansiedade e tristeza.

Então, desde processos de demissão a processos de contratação, parece haver um vazio absurdo onde não se ajuda realmente as pessoas que estão procurando emprego.

Como poderíamos criar processos que realmente ajudem as pessoas que estão em busca de recolocação?

Como fazer com que os processos seletivos sejam mais inclusivos, respeitosos e que tenham consideração pelo candidato ao dar um feedback real sobre sua aplicação?

Na era da automação com IA para seleção de currículos, não deveríamos supostamente estar com mais tempo para fazer o que nos torna mais humanos?

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Comunidade de UX no LinkedIn

Vou ser bem honesta: uma parte da comunidade brasileira de UX, UI, product ou whatever design no LinkedIn pode prejudicar bastante a saúde mental.

E falo brasileira, não porque tenho síndrome de vira-lata. Falo porque é a comunidade onde estou inserida. Moro no Brasil. Trabalhei em e (na maior parte da minha trajetória) para empresas brasileiras.

Em 2024, precisei utilizar muito o LinkedIn. Passei horas e horas procurando novas vagas de emprego ali. Foi aí que comecei a perceber um padrão: Alguns designers utilizam a rede social para diminuir outros designers.

Seja realmente os chamando de ‘rasos’, ‘medíocres’, ‘medianos’, ou simplesmente com discursos como ‘se um designer não souber disso, ele não merece ter um emprego — eu não contrato’.

Não percebem que ter um emprego não é uma questão de merecer ter. É um direito humano básico.

Geralmente, o alvo das críticas é algo relacionado ao design visual, ou utilizar o Figma, a não estar aprendendo prompt de IA (como se fosse a coisa mais difícil do mundo), ou a supostamente não estar tendo pensamento estratégico, como se o designer visual ou o que não segue certos métodos fosse a ‘vergonha da profission’.

E eu entendo completamente por qual motivo designers no LinkedIn fazem isso. Querem mostrar que sabem mais de um determinado assunto do que outras pessoas. Querem se tornar referência, uma voz de relevância. O mercado é competitivo e temos que defender o nosso espaço, eu sei.

Mas será que já pararam para pensar em qual tipo de sentimento estão gerando nos seus colegas de profissão, ao tentar construir uma “marca pessoal” em cima de uma narrativa onde se usa o recurso de diminuir a função, trabalho e nível de conhecimento dos outros?

Por que não simplesmente construir uma voz de autoridade ensinando algo que sabe muito?

Quer que designers saibam mais de estratégia? Ensine a estratégia, então.

Precisa xingar ninguém não.

Mas parece que não engaja, né? Entendi.

“Comunidades podem oferecer uma ajuda essencial quando você está enfrentando situações novas ou difíceis. Elas proporcionam apoio emocional, conselhos e um senso de pertencimento.
Tudo isso contribui para que você mantenha a resiliência diante dos desafios da vida pessoal ou profissional.
É por isso que estudos indicam que fazer parte de uma comunidade melhora sua saúde mental e sua felicidade.”
— Tiny Experiments, Anne-Laure Le Cunff

Por isso, fico pensando em como poderíamos construir uma comunidade online que apoie, que compartilhe conhecimento sem diminuir, que não crie alardes e catástrofes sobre o futuro da profissão. Que não julgue profissionais que estão fazendo o que podem com os recursos que têm.

Sabe, todos estão tentando sobreviver no Brasil. E sobreviver no Brasil já é algo difícil pra caramba. Por enquanto, o que temos como alternativa é o maravilhoso botão de unfollow.

Que a gente siga pessoas, páginas e entre em grupos que falem sobre assuntos que a gente queira aprender e refletir de forma saudável.

Que a gente pertença a comunidades que nos façam florescer, não nos diminuir.

A nossa saúde mental agradece. 🧡

Ilustração de personagem: Pikisuperstar

Referências e outros links


Designers, vocês estão bem? was originally published in UX Collective 🇧🇷 on Medium, where people are continuing the conversation by highlighting and responding to this story.

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