E se você fizesse algo diferente hoje?

Sim, eu sei. O cansaço está sempre presente e a rotina é um alívio de certa forma. Mas até isso às vezes cansa (ok, talvez não ao ponto que o Michael Douglas chegou).
Até porque criar sempre da mesma forma não é design; é receita.
Um “método” que me sempre ajuda a fugir do padrão é quebrar as regras, mas só um pouquinho. Não precisa ser nada muito maluco, só diferente o suficiente pra dar um impulso de querer mais.
Alguns exemplos que podem te ajudar:
- Não começar pela fase de inspiração. Esquece o Mobbin, Dribbble e Behance. Fuja do design system e do benchmark. Tente fazer algo da sua cabeça. Como você resolveria? E aí sim, depois, vá e compare com o mundo. O quão diferente são as soluções?
Aplique uma técnica que nunca aplicou. Já fez card sorting? E percurso cognitivo? Storyboards? E brainstorming de ideias ruins? Tente buscar por outros métodos e expanda suas técnicas. Uma boa dica é olhar os UX Cards do Fred van Amstel pra planejar o processo de resolução do seu próximo projeto.
Busque inspirações de outros locais. E se você se inspirasse em Design Nórdico? Ou Vietnamita? Talvez Suíço? Pegasse alguma ideia que viu num jogo? Ou até mesmo de experiência da antiga internet? Obras de arte, estilos artísticos… Tudo vale — menos os locais que você sempre visita.
Siga uma regra de acessibilidade. Entre no Guia WCAG. Escolha três critérios. Tente seguir e aplicar na sua interface. Se sente melhor? Eu sei, começa assim.
Bônus: Se você fizer um dos itens ouvindo The Clash, Sex Pistols ou Bad Religion, você desbloqueia 2x mais rebeldia.
Sério agora. Parece bobeira e brincadeira, mas grandes coisas nascem dessas pequenas mudanças — talvez não externa, mas com certeza internamente.
E aí, o que você vai fazer diferente essa semana? Me conte pessoa rebelde >:)

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“Se parece óbvio, você está esquecendo algo”
Uma coisa que aprendi desde cedo é a importância de explorar muitas alternativas de solução. Não cenários; soluções mesmo.
Esse artigo traz provocações muito boas que não são uma bronca, nem um alerta, mas sim, um lembrete.
Tem só uma solução? Preste atenção


Pra viagem
Leve com você nessa semana.

Adoro ver desdobramentos de coisas. Quando alguém compartilha um pensamento e você vê aquilo ecoando por outros lugares. O Pequi trouxe uma reflexão:
“Padrões de design foram pensados para funcionar em inglês. […] e se projetássemos pensando na estrutura do nosso idioma desde o começo?”
Essa crítica voou e chegou no Rafael Henrique que abriu a discussão:
“Será que existe um caminho para criar o design com ‘jeitinho brasileiro’ para usuários brasileiros?”.
O que você acha? Como colocar teorias de design na prática pra nossa cultura?
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Mini-atos de rebeldia em design was originally published in UX Collective 🇧🇷 on Medium, where people are continuing the conversation by highlighting and responding to this story.